Em Casa, o desempenho do Santa Cruz cai de 82% para 40% em 2016 - ㅤ

Em Casa, o desempenho do Santa Cruz cai de 82% para 40% em 2016

O Arruda está sem peso em 2016. Na temporada, o Santa Cruz não vem conseguindo mandar em seus domínios. Nos cinco jogos oficiais disputados em casa, o time conquistou apenas uma vitória. Empatou três jogos, perdeu um. Aproveitamento de 40% dos pontos disputados que justifica as vaias recebidas diante de mais uma decepção tricolor e a situação coral nos dois campeonatos, o Estadual e o Nordestão. No limite das zonas de classificação para a próxima fase.

A situação deixa o técnico Marcelo Martelotte preocupado e saudosista. Tem lembrado dos tempos em que seu time fazia o mando de campo valer a pena. Na Série B do ano passado, o Santa Cruz venecu 15 dos 19 jogos em casa. Empatou outros dois. Foram duas derrotas apenas e um aproveitamento de 82,45%.

Foi após o empate em 0 a 0 com o Central, no último sábado, que Martelotte atentou para os deslizes que sua equipe vem dando quando joga diante de sua torcida. Queixa que, frise-se, não é destinada ao torcedor. “Está me incomodando, hoje, não ter mais o Arruda como aliado. Pelo menos nesse início de temporada está sendo assim. A gente precisa lembrar que a conquista do acesso, no ano passado, começou com vitórias importantes em casa, onde a gente não deixava passar a oportunidade. Temos que retormar isso o quanto antes”, destacou o treinador coral.

Para mudar esse panorama, Martelotte cobrou mais personalidade dos atletas. Ele ressaltou também que erros primários precisam ser evitados. “No jogo diante do Central, a partir de um certo momento, quando erramos alguns dois ou três lances seguidos, a paciência acabou e a tranquilidade também. A gente conversou no intervalo e vimos que era necessário corrigir os erros, voltar a tocar a bola. Não se pode errar domínio de bola e o passe simples com tanta frequência”, explicaou.

Explicação
Martelotte utilizou, por diversas vezes, a palavra decepção para comentar o empate sem gols com o Central. Disse que esperava uma apresentação convincente. Resignado, tentou justificar o desempenho com o desgaste do time. “Chegamos às 6h da manhã na quinta-feira, do jogo em Senhor do Bonfim. Ou seja: passamos praticamente a noite sem dormir. Nos concentramos a partir da quinta mesmo para esse jogo com o Central. E pegamos um adversário que veio de uma semana de preparação e recuperação. Mas isso não serve como desculpas. A gente tinha como fazer um jogo melhor”, acrescentou.
E para reagir em casa o Santa Cruz vai precisar superar o desgaste. O time já volta a campo amanhã, contra o Confiança, pela Copa do Nordeste, às 21h30. Novamente, no Arruda. Um tropeço é inadmissível pela situação do clube. E pode deixar o técnico Marcelo Martelotte numa situação complicada.